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Teoria dos cinco elementos
Teoria dos cinco elementos

Teoria dos cinco elementos

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Foi proposta a fusão deste artigo ou se(c)ção com Cinco elementos (filosofia chinesa) (pode-se discutir o procedimento aqui).  
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No pensamento taoísta chinês, os elementos da Natureza podem ser classificados em cinco tipos: metal, madeira, terra, água, fogo (em chinês: 金 木 土 水 火). Esses Cinco Elementos (五行 wǔxíng) não são somente os materiais aos quais os nomes se referem, mas mais bem metáforas e símbolos para descrever como as coisas interagem e se relacionam umas com as outras. Por exemplo, na meditação taoísta esse ciclo representa o equilíbrio da natureza.

De acordo com Ronan [1] historiador da ciência da Universidade de Cambridge, a teoria dos cinco elementos foi estabelecida e sistematizada pelo naturalista Tsou Yen (Zou Yan), entre 350 e 270 a.C. por esse mais destacado membro, por vezes chamado fundador do pensamento científico chinês, da Academia Chin Hsia (Zhi-Xia) do príncipe Hsuan (Xuan).

Diagrama dos 5 elementos

Índice

[esconder]

[editar] A interação dos cinco elementos

O taoísmo descreve um ciclo de produção (生 Sheng) e um ciclo de controle (克 Ke) agindo sobre os elementos. No taoísmo, tudo que conhecemos ou pensamos como realidade é um símbolo e um reflexo dos céus, de tal forma que, entendendo o relacionamento macrocósmico das coisas, poderemos entender o mesmo relacionamento numa escala menor: no corpo, na astrologia pessoal, ou na política. A referência taoísta original era sobre as estações do ano (ou "os céus"), e elas seriam então mais acuradamente descritas como as cinco fases.

  • No ciclo da produção, a madeira produz o fogo, o fogo produz a terra, a terra produz o metal, o metal produz a água, a água produz a madeira.
  • No ciclo de controle, a madeira bloqueia a terra, a terra bloqueia a água, a agua bloqueia o fogo, o fogo bloqueia o metal, o metal bloqueia a madeira.

O ciclo de produção delineia um pentágono e a cadeia de controle delineia uma estrela de cinco pontas. Essas interações e relacionamentos formam o esboço para diferentes escolas de filosofia.

A interação dos cinco elementos torna-se uma ferramenta que ajuda os acadêmicos taoístas a classificar as observações e os dados empíricos. Com base em observações de como as coisas interagem, elas são classificadas em um dos cinco elementos, tal como elas se encaixam no padrão observado. Então pode-se tirar conclusões de alto nível ou predições baseadas nos tipos dos elementos.

[editar] Medicina chinesa

Diagrama da medicina tradicional chinesa para diagnóstico pela língua. Legenda: Rim (cinza), Fígado (verde), Baço (amarelo), Pulmão (azul) e Coração (vermelho).

Na medicina tradicional chinesa, cada órgão do corpo humano é associado a um elemento. O fígado e os órgãos associados, os (tendões, os olhos) são do elemento madeira; o coração e os órgãos associados (os vasos sangüíneos, a língua) são do elemento fogo; o baço e os órgãos associados (os músculos, a boca) são do elemento terra; os pulmões e os órgãos associados, a (pele, o nariz) são do elemento metal; o rim e os órgãos associados, (os ossos, o ouvido) são do elemento água. (A lista dos órgãos associados é apenas ilustrativa e está incompleta).

Observe-se que essa teoria relaciona elementos da tradição empírica de milhares de anos à concepção mítica visível no narrativa da vida de Pan gu, que explica a criação da terra relacionando seus constituintes ao corpo do demiurgo. Segundo Lévi-Strauss o conhecimento empírico diverge das teorias científicas ocidentais por privilegiar a analogia em vez da identificação de contradições como na lógica formal. [2]

Essa classificação é seguida ao diagnosticar e ajustar o equilíbrio do corpo. Para entender isso melhor, há que tomar em conta que, na medicina chinesa, os órgãos não são simplesmente órgãos anatômicos como entendemos na medicina ocidental, mas se referem de fato a fases, sistemas e energias no corpo, (veja a Teoria dos órgãos Zang Fu), o que inclui não só as partes acima mencionadas mas também emoções ligadas a cada fase, um som de voz, um cheiro, uma direção, um alimento, um sabor, etc.

[editar] Medicina herbária

Na fitoterapia chinesa as propriedades e efeitos de cada erva são classificadas de acordo com observações empíricas sobre como a respectiva erva afeta o corpo. Por exemplo, se uma erva causa ressecamento da boca e pele escamosa, ela será classificada como do elemento "fogo".

O conhecimento do tipo de elemento associado a cada a ervas pode servir a um propósito útil ao elaborar uma fórmula composta por várias ervas, por exemplo: o ingrediente "fogo" pode ser controlado adicionando-se alguns ingredientes "água"; ou a adição de ingredientes "metal" pode ajudar os ingredientes "água" a fazer o trabalho deles de controlar o "fogo". Acredita-se que uma erva ou alimento do tipo "água" é benéfica para um órgão do tipo "madeira", etc. O princípio dos Cinco Elementos é usado amplamente na medicina chinesa.

Embora esses cinco elementos ou fases sejam usados por todos os ramos da medicina chinesa, há também um ramo da medicina chinesa que se chama especificamente Acupuntura dos Cinco Elementos. Esse ramo tende a focalizar o componente psico-emocional da saúde e faz tratamento unicamente com base em sua constituição, e emprega somente acupuntura e moxa. A Escola dos Cinco Elementos foi estabelecida por J.R. Worsley, que fundou o Worsley Institute of Classical Acupuncture (Instituto Worsley de Acupuntura Clássica) na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. A prática é ainda grandemente baseada na tradição oral nos Estados Unidos, transferida de mestre para aluno que já disponha de formação em acupuntura. Contudo, seus protocolos estão se tornando de tal forma o padrão entre os praticantes que eles estão sendo incluídos nos exames da junta nacional.

[editar] Correlações entre os Cinco Elementos e outras categorias

Os Yue Ling (comandos mensais) e os Huai Nan Zi estabelecem as seguintes correlações:

Correspondências
 ElementoDireçãoCorNota Musical
1 Madeira leste verde jue2 角 (mi)
2 Fogo sul vermelho zhi3 徵 (sol)
3 Metal oeste branco shang1 商 (ré)
4 Água norte azul yu3 羽 (lá)
5 Terra centro amarelo gong1 宮 (dó)

(Ver A History of Chinese Philosophy, Feng Yu-lan, Vol. II, p. 13)

Joseph Needham, em Science and Civilization in China, volume 2, páginas 262-23, acrescenta muitos outros conjuntos de cinco que foram arrumados paralelamente aos cinco elementos. Alguns deles estão registrados abaixo:

Correspondências
 ElementoSaboresCheirosVísceras
1 Madeira azedo cheiro de bode fígado
2 Fogo amargo queimado coração
3 Metal ácido rançoso pulmões
4 Água salgado podre rim
5 Terra doce perfumado baço

[editar] Nota

Paralelos e contrastes ocidentais, girando entretanto ao redor de somente quatro elementos, chamados de "temperamentos" ou os quatro humores, na fisiologia, psicologia e medicina pré-científica ocidental, desde o tempo dos gregos pré-clássicos até o século XVIII, o Iluminismo, também serviram de base para o estudo histórico chamado de alquimia, que levou à química.

[editar] Os cinco elementos e o Feng Shui

O estudo do Feng Shui concentra-se em como os cinco elementos dentro das pessoas, objetos e paisagem afetam a harmonia do ambiente. Mesmo a astrologia chinesa é baseada nos cinco elementos.

Os cinco planetas visíveis podem ser associados aos cinco elementos: Vênus é metal; Júpiter é madeira; Mercúrio é água; Marte é fogo; Saturno é terra.

Parece ter ocorrido transferência cultural entre o Egito e a China em tempos muito antigos, porque a seqüência fornecida acima, que primeiro ocorreu no Bo Hu Tong, é o inverso da seqüência dos cinco planetas visíveis usados para designar os cinco dias da semana, com exceção de domingo e segunda-feira. A seqüência ocidental é Saturno, Marte, Mercúrio, Júpiter e Vênus, enquanto que a seqüência chinesa é Vênus, Júpiter, Mercúrio, Marte e Saturno. A ordem na Natureza (seja pelo critério da distância do sol ou pelo da velocidade com que os planetas se movem pelo céu noturno de um dia para o outro) é Mercúrio, Vênus, (Terra), Marte, Júpiter e Saturno. É bem sabido como a seqüência egípcia foi obtida, essa que passou para os calendários ocidentais. A informação relativa ao processo formativo na China parece que foi perdida, mas, aplicando-se uma simples variante da regra egípcia, obtém-se a seqüência chinesa.

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